Interrompemos e reduzimos o crescimento vertiginoso e contínuo dos crimes de homicídio em São Luís”, afirma o delegado geral Lawrence de Mello

O governador Flávio Dino tomou para si a responsabilidade pela segurança pública. Mantidas as atuais proporções, chegaremos ao final de 2016 com uma redução de 25 % nos índices de homicídios em São Luís. (Lawrence de Mello)

A partir de estatísticas que indicam uma redução de 29 % no número de homicídios no mês de abril com relação ao mês de março deste ano, 12 % de redução ocorridos em 2015 com relação a 2014 e 13 % em 2016 se comparado a 2015, o delegado-geral da Secretaria de Segurança Pública, Lawrence de Melo calcula que, mantida essa proporção, até o final de 2016 serão 25 % a menos os homicídios cometidos na região metropolitana de São Luís.

Lawrence de Melo faz essa projeção com base nos registros de homicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte – os chamados Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI). Mostra que do ano de 2010 ao ano de 2014 houve um crescimento vertiginoso e contínuo do número de homicídios nessa região. “O mês de janeiro de 2015, entretanto, coincidiu com uma nova gestão do governador Flávio Dino e do secretário de Segurança Pública, Jefferson Portela. Com planejamento, investimento e estabelecimento de metas, conseguimos não só interromper este ciclo crescente e contínuo como reduzir os homicídios em 12 % em 2015. Sem contar uma redução geral de 8 % nos crimes letais intencionais”, declarou.

O otimismo do delegado geral apoia-se em mudanças operadas na gestão da segurança pública a partir de 2015. A primeira delas é a integração real entre Polícia Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros. Concentra-se também no fato de que houve uma redução de 13 % no índice de homicídios em 2016, se comparado ao primeiro quadrimestre de 2015. “Nessa proporção, chegaremos ao final de 2016 com uma redução de 25 % dos crimes de homicídio ocorridos na grande São Luís”, garante. Isso em dois anos, quando a meta projetada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública, através de pacto firmado entre todas as unidades da Federação é de 5 % ao ano, 20 % nos quatro anos de gestão dos atuais governadores e secretários de segurança.

Nos corredores da Secretaria de Segurança Pública, em conversas com os superintendentes e chefes de departamento de setores diversos da SSP, percebe-se que o otimismo do delegado geral é contagiante. Os números da Superintendência Estadual de Combate ao Narcotráfico nos três primeiros meses de 2016, por exemplo, são impressionantes: um total de 81 prisões em flagrante, 20 prisões preventivas, apreensão de 13 armas de fogo e nada menos que 510 kg de droga. – 310 kg de maconha, 190 kg de crack, o maior volume de apreensão dessa substância em todos os tempos da história da polícia do Maranhão. E um prejuízo que abala as estruturas do narcotráfico no Estado: 5 milhões de reais. Esse prejuízo ocasionou aumentos excessivos no preço dessas substâncias. Segundo Lawrence Mello, o kg da maconha, que em 2014 custava R$ 1.800, 00 está sendo vendido hoje por R$ 3 mil e o kg do crack, vendido no submundo a R$ 10 mil, está sendo repassado a R$ 20 mil.

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Convencido de que no Maranhão o Sistema de Segurança terá batido a meta da SENASP em apenas dois anos, Lawrence de Mello entende que a segunda mudança operada no Sistema de Segurança foi no modelo de gestão que hoje atende bem melhor o servidor público, através do que chama “Princípio da Eficiência” – “A busca de maior produtividade e qualidade do serviço prestado, mas antecedidas de capacitação, qualificação, valorização e reconhecimento do policial que todo dia sai de casa e arrisca a vida em prol de nossa segurança”.

Uma terceira mudança que proporcionou a redução nos índices de criminalidade, conforme o delgado geral, foi a especialização das forças policiais. Ele cita como exemplo a criação de três novas superintendências: A SHPP – Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa; A SECCOR – Superintendência de Combate à Corrupção e a SENARC – Superintendência Estadual de Combate ao Narcotráfico. Com a criação da SENARC foram estabelecidas as rotas do tráfico na direção do Maranhão, o que propiciou o alcance dos grandes traficantes pelas polícias civil e militar do Estado.

Conforme o delegado Lawrence Mello, a criação da SECCOR veio mostrar que segurança pública não se faz apenas com policiamento, mas também com serviços de inteligência e investigação qualificada. Foi o que garantiu as prisões de prefeitos, vice-prefeitos, agiotas, dentre outros que se locupletavam com o roubo da merenda escolar e desvios de recursos da educação e da saúde.

Outra missão que parecia impossível diante da sequência desses crimes: conter o alto índice de assaltos a bancos e explosões de caixas eletrônicos. De posse de dados do Departamento de Combate ao Roubo a Instituições Financeiras, o delegado Lawrence Melo mostra que nos últimos 3 meses foram instaurados 15 inquéritos, dos quais 14 remetidos à Justiça, foram indiciadas criminalmente 35 pessoas, efetuadas 26 prisões em flagrante e 6 foram presos por associação criminosa. Em meio a toda essa atividade, apreensões de veículos e armas de grosso calibre, inclusive submetralhadoras.

O maior orgulho da Polícia, entretanto, parece ser a recuperação da operacionalidade dos distritos policiais, sob a coordenação da Superintendência de Polícia Civil, o que foi conseguido com a valorização dos agentes e com a criação de seccionais (norte, sul, leste, oeste) que dão suporte às delegacias. O exemplo mais recente do poder imediato das ações policiais, foi a operação no Bairro de Fátima. Em duas horas, a polícia conseguiu cumprir 19 mandados de prisão, tranquilizando a população diante de uma situação de violência generalizada iminente.

“Preciso destacar também aqui, a coragem do governador Flávio Dino que, num momento de crise, tomou para si a responsabilidade pela segurança pública, incorporando 1.500 novos policiais ao sistema e adquirindo cerca de 200 novas viaturas. Algumas pessoas sequer têm ideia da dimensão dessas conquistas para a segurança do cidadão”, finalizou Lawrence de Melo.