Defensores firmam parceria para tratamento de presos com dependência química

O combate à criminalidade, associado ao uso de substâncias entorpecentes e bebidas alcoólicas, na região de Açailândia, tem recebido a contribuição do Núcleo Regional da Defensoria Pública do Estado (DPE/MA) que atua naquele município.     

Por meio de parcerias com instituições que acompanham dependentes químicos, os defensores públicos Reynaldo Mendes de Carvalho Filho e Bruno Joviniano de Santana Silva vêm intermediando o tratamento de detentos que podem ser beneficiados com a liberdade provisória. Segundo os defensores, grande parte dos crimes cometidos pelos assistidos da DPE/MA nas unidades prisionais de Açailândia está relacionada ao uso de drogas. Por esta razão, com o objetivo de auxiliar no processo de recuperação e reintegração social dos internos, a DPE/MA firmou parceria com a Associação Comunitária Bom Samaritano de Açailândia. 

Desde 2002, o projeto recebe dependentes de drogas e alcoólatras, economicamente vulneráveis, para tratamento. O trabalho de aproximação e celebração de parcerias com instituições semelhantes, em Açailândia, teve início este ano. De acordo com Reynaldo Filho, o número de encaminhamentos, ainda é pequeno, porque muitas dessas instituições são filantrópicas e se mantém com a ajuda de doações. “No caso do Samaritano, tivemos que fazer várias reuniões para que a associação aceitasse o preso, sem a necessidade de ajudar na manutenção da instituição, visto que se trata de um morador de rua, abandonado pela família”, destacou o defensor Reynaldo. Ele informou que para ser feito o encaminhamento, o dependente químico assina um termo de compromisso no qual declara que irá residir nas dependências do programa enquanto perdurar o tratamento.

Nova parceria

Semana passada, os defensores públicos Reynaldo Filho e Bruno Joviniano participaram de reunião para tratar de nova parceria, desta vez com a Casa de Rute, também em Açailândia. A instituição se destina, prioritariamente, a ajudar adolescentes que se envolveram no mundo do crime e prostituição em decorrência do uso de álcool e drogas. Excepcionalmente, a casa aceita mulheres adultas.

“O objetivo da semana foi sensibilizar os diretores da Casa de Rute a aceitar a pessoa sem exigir a compra do enxoval, que é requisito para o acesso à instituição. Além disso, tanto o Samaritano como a Casa de Rute não são abrigos e, portanto, ao terminar o tratamento, os beneficiados podem voltar à rua. Deste modo, os programas também tentam fazer uma reaproximação das pessoas com suas respectivas famílias”, concluiu o defensor Bruno Joviniano.